O mosteiro trapista de Santa Maria, Mãe da Igreja, no Palaçoulo, Miranda do Douro, vai ser inaugurado em outubro. Fundado por 10 monjas italianas, o mosteiro já acolhe quatro portugueses: uma noviça e três postulantes.
O projeto, descrito pelas monjas como a construção de uma “aldeia para Deus”, está localizado no alto do monte Alacão e terá capacidade para 40 monjas. A iniciativa surgiu no contexto do centenário das aparições de Fátima e foi proposta por D. José Cordeiro, bispo de Bragança-Miranda na época. Ele descreve o projeto como uma realização divina, colhida pela diocese de Bragança-Miranda.
“Este é um sonho de Deus, iniciado em 2016, e contou a graça de acolher este projeto em Palaçoulo”, afirmou D. José Cordeiro. Embora seja chamado de bispo fundador, ele se vê apenas como um facilitador desse sonho divino. O mosteiro representa a universalidade da Igreja e a beleza da liturgia.
A edificação de um mosteiro trapista em Portugal conta-se em poucas palavras e surge no contexto do centenário das aparições de Fátima.
O mosteiro de Vitorchiano (Itália) pensou fundar um mosteiro em Portugal. E queria também um sinal. E esse sinal era que um bispo fizesse a proposta. E ao ter conhecimento disto, através dos beneditinos, sendo a diocese de Bragança-Miranda dedicada a S. Bento e com um passado também de um mosteiro, neste território, D. José Cordeiro, na altura bispo de Bragança-Miranda fez a proposta. E depois de muitos e difíceis encontros "foi possível encontrar o lugar" que as monjas trapistas escolheram para a implementação do mosteiro trapista, da ordem cisterciense da estrita observância e no seguimento do espírito de S. Bento.
O atual arcebispo de Braga sempre disse que o mosteiro, que nascia na igreja de Bragança-Miranda, era de toda a Igreja. Como expressão da universalidade da Igreja e da universalidade também deste Mosteiro Trapista de Santa Maria Mãe da Igreja.