Sendim e Atenor
A freguesia de Sendim está inserida na zona do Parque Natural do Douro Internacional, uma zona rica em fauna e flora. É uma vila situada a poucos quilómetros do rio Douro e que como tal se identifica com as arribas, sendo mesmo denominada pelos seus habitantes como a “Capital das Arribas”. As rochas que constituem as margens do Rio, proporcionam vistas magníficas.
Além do estatuto de Vila, Sendim impõe-se como o mais importante aglomerado urbano do concelho. A população, desenvolve-se como um centro de serviços, comércio, numerosas indústrias e variados equipamentos sociais. É a freguesia mais a sul do município e hoje afirma-se como um polo urbano que assume a maior centralidade geográfica do Planalto Mirandês.
Os estudos toponímicos mais recentes estabelecem duas etimologias prováveis para o topónimo Sendim: uma tem origem antroponímica do nome próprio medieval "Sendinus" e a outra tem origem na palavra goda "sinth-s" que significa caminho. Neste caso Sendim assume o seu topónimo enquanto localidade que nasceu junto ao caminho que bifurcava da estrada romana ou "Carril Mourisco" e o ligava ao Sul de Espanha. No termo de Sendim foi feito o achado arqueológico mais antigo do Planalto (Paleolítico Superior - antes do Xº milénio a.C.), tratando-se de algumas peças líticas talhadas em sílex, encontradas a norte da Capela de San Paulo. Estão também documentados vários povoados castrejos (Uolgas, Santos, Fragosa,, Picon de ls Arteiros e San Paulo) e os povoados romanizados de Trambas Carreiras e San Paulo. A 1ª referência escrita de Sendim é de 1258 nas Inquirições de D. Afonso III. Nova referência em 1291, em acordo feito entre D. Dinis e D. Fernão Peres, a propósito da comenda de Algoso em que o rei pedira à Ordem de Malta aldeias da ordem, entre as quais Sindym.
Atenor
Atenor é uma freguesia do concelho de Miranda do Douro, que se situa no extremo Poente- Sul do mesmo, numa encosta rural, de características rurais junto de solos com boa aptidão agrícola. Dista da cidade de Miranda do Douro cerca de 28 quilómetros.
O seu topónimo tem uma origem desconhecida, sabendo-se apenas que é muito antigo, como comprovam documentos medievais e as inquirições de D. Afonso III, pois é referido neles. Sabe-se que o estudo da Comenda de Algoso da Ordem de Malta poderá clarificar essa questão futuramente.
O povoamento da freguesia iniciou-se na idade do Cobre tal como atestam os vestígios arqueológicos encontrados, tendo sido habitada também nos períodos Pré-romano, Romano e Medieval, até à época contemporânea. Não se poderia deixar de referir que a povoação atual não coincide com o local onde se encontram os vestígios referidos, mas nas imediações dos mesmos.