Freguesia situada na região norte do território do Concelho, Ifanes é servido pela E.M.542 que atravessa o seu núcleo na direção sul-norte, e dista cerca de 11 km de Miranda do Douro.
Terra de origens remotas, Ifanes foi povoada pelo Homem desde eras muito recuadas, como nos atestam as várias esculturas rupestres descritas pelo Abade Baçal. As “Três Pegadas” como o povo as designa e a “Ferradura” são consideradas as mais significativas.
Em 1211, a povoação de Ifanes foi doada por D. Sancho I aos frades do Mosteiro leonês de Moreruela.
Pouco tempo depois, em 1220, D. Pelayo de Moreruela, o abade deste mosteiro, deu foral à “vila de Ifanes em Portugal”. Apenas em 1545, com a criação da diocese de Miranda, Ifanes deixou de pertencer a Moreruela.
Há importantes achados de valor histórico-cultural, de que são exemplos uma povoação castreja (Castrilhouço), um povoado romano (Touro) e esculturas rupestres, o santuário proto-histórico / romano “a Fraga da Rodela”, perto da igreja.
Paradela
No extremo nordeste do território, no ponto mais oriental de Portugal, primeira localidade onde nasce o Sol neste país. Encontra-se a cerca de 16 km da sede de concelho sendo o acesso rodoviário a este pequeno aglomerado garantido pela E.M.542 a partir de Ifanes.
A avaliar pelos vestígios arqueológicos encontrados na região, o primitivo povoamento desta terra deve remontar, pelo menos, à época celta. A continuidade dessa fixação humana foi assegurada pelo período de dominação romana, da qual também existem indícios arqueológicos. O território passou depois pela dominação germânica e, mais tarde pela árabe, cuja influência se reflete na toponímia.
As minas de estanho que existem na localidade foram, no passado atividade de grande importância. Uma das primeiras referências à existência destas minas é feita num decreto de 6 de fevereiro de 1855, no qual se atribuía a concessão da sua exploração a um português e dois espanhóis, os autores da descoberta.